28/08/2011 - 08h17

Fichas-sujas já têm plano B para 2012; conheça quem integra a lista na PB e em Santana dos Garrotes e Nova Olinda

Políticos condenados por colegiados preferem não arriscar e procuram nomes para apoiar

Ao lembrarem dos exemplos de Cássio Cunha Lima e Dinaldo Wanderley, que tiveram suas candidaturas barradas pela Lei da Ficha Limpa, nas eleições de 2010, muitos políticos que enfrentam problemas na Justiça Comum, Justiça Federal, Tribunal de Contas do Estado, Tribunal de Contas da União, Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual pensarão duas vezes antes de submeter seus nomes às convenções partidárias de junho do próximo ano, para a disputa municipal.

Ex-prefeito de Patos, Dinaldo Wanderley (PSDB) teve votos suficientes para ser eleito deputado estadual em 2010, mas sua votação foi considerada nula, porque ele tinha pendências na Justiça Federal. Resultado: teve a candidatura barrada com base na Lei da Ficha Limpa. A mesma coisa aconteceu com Cássio Cunha Lima.

Cassado por conduta vedada e uso de um programa social para obter votos em troca de cheques, Cássio foi avisado pelo Ministério Público de que poderia ter a candidatura barrada com base na Lei da Ficha Limpa. Arriscou, obteve mais de 1 milhão de votos, mas não assumiu o mandato se senador até hoje, mesmo com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e decidiu que a Lei da Ficha Limpa não valeu para as eleições de 2010 e que só valerá para 2012.

Como a lei estará valendo mesmo para as próximas eleições, dezenas de pretensos candidatos a prefeito que têm suas fichas sujas, mas lideram as disputas em seus municípios, já estão com um plano B preparado para apresentá-lo de última hora.

Em Patos, o pensamento de Dinaldo Wanderley (que foi prefeito duas vezes antes da atual administração) é voltar à Prefeitura. Mas como ele foi barrado pela Lei da Ficha Limpa, até já desistiu da pleitear a Prefeitura de Patos e colocou o nome do filho, Dinaldo Filho (Dinaldinho) nas ruas como pré-candidato.

Carlos Antônio pode apresentar a esposa - Em Cajazeiras, o ex-prefeito Carlos Antônio responde mais de dez processos já Justiça Federal e na Justiça Estadual. Mesmo assim, se apresenta como pré-candidato a prefeito. Aliados dele garantem que o mesmo não deve arriscar uma candidatura a prefeito, temendo o mesmo destino de Dinaldo Wanderley, em Patos.

Em junho de 2012, Carlos Antônio pode até levar seu nome para ser homologado e permanecer em campanha , só desistindo de última hora, para que sua fotografia possa figurar na urna eletrônica e ele possa se substituidi pela esposa, Denise Oliveira (PSB).

Denise é presidente da Fundação de Ação Comunitária do Governo do Estado e é tida pela direção estadual do PSB como possível candidata a prefeita de Cajazeiras. Diferente do marido, Denise não enfrenta problemas na Justiça.

Zé Vieira deve apoiar a filha, que já é vice - Em Marizópolis, o prefeito José Vieira da Silva (PSDC) foi condenado pelo Tribunal de Justiça da Paraíba, recentemente, à perda do cargo e dos direitos políticos por promoção pessoal. Antes, a Justiça Federal na cidade de Sousa já tinha determinado o afastamento dele, a pedido do Ministério Público Federal, por desvio de verbas na construção do estádio municipal de Marizópolis.

Em Santana dos Garrotes o Ex-Prefeito José Carlos Soares que teve suas contas reprovadas pelo TCE-PB relativas aos anos de 2005 e 2008,e que responde a processo na justiça da Paraíba,ele também tem o plano B que poderá lançar o atual prefeito José Alencar para a reeleição.E em Nova Olinda o Ex-Prefeito João Raimundo poderá lançar o seu Filho e tendo como Vice o medico Dr.Valério.

Além do mais, o Tribunal de Contas do Estado rejeitou todas as prestações de contas dele em três mandatos de prefeito. Caso não tenha condições de se candidatar à reeleição, devido às pendências que podem resultar na cassação do mandato, ele também tem um plano B. Lançará a filha, Juliene Vieira (PTB), que é sua atual vice-prefeita, que tem a ficha limpa. Aliados de José Vieira também não descartam a possibilidade dele renunciar ao mandato para que a filha possa assumir e disputar a reeleição.