sábado, 23 de abril de 2011

23/04/2011 - 10h37

Água 17% mais cara Reajuste deve passar a valer em junho, atingindo 656 consumidores na PB


A tarifa de água na Paraíba deve subir 16, 97% no mês de junho, caso o aumento anunciado pela Companhia de Água e Esgoto da Paraíba (Cagepa) seja aprovado, nos próximos 30 dias, pela Agência de Regulação da Paraíba (ARP). Se o reajuste apresentado pela companhia for aceito, cerca de 656 mil consumidores sentirão no bolso um aumento acima da inflação acumulada de 2010 que foi de 5,91%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ontem, durante audiência pública, o assessor de Planejamento da Cagepa, Joaquim Marques, justificou o aumento afirmando que o último reajuste, de 6,48%, aconteceu em 2008 e que em três anos a despesa da empresa com pessoal e energia elétrica aumentou 40%. Joaquim também afirmou que a Cagepa está gastando mais com a manutenção de equipamentos.

Para a moradora do bairro da Torre, Cícera Ferreira, a Cagepa não poderia aumentar tanto a tarifa. "Aqui no bairro falta água quatro dias por semana. É um absurdo que essa empresa, que suspende o serviço com tamanha frequência, venha pedir um aumento desse tamanho para prejudicar ainda mais o consumidor", disse.

A dona de casa vai pagar este mês R$ 36, 41 por ter consumido 7m³ de água. Caso o reajuste de 16,97% já estivesse em vigor, ela pagaria R$ 42.58, cerca de R$ 6 a mais por mês do que paga atualmente.

O reajuste da tarifa, segundo Joaquim Marques, não vai atingir os integrantes do programa Tarifa Social que são cerca de 10% dos 729.219 consumidores da empresa em todo o estado. O presidente da Cagepa, Deusdete Queiroga, afirmou que as famílias incluídas nesse programa terão uma diminuição na taxa de esgoto. Hoje elas pagam 25% do valor conta e passarão a pagar 10%.

A Cagepa anuncia o reajuste da tarifa em meio da tarifa de água a uma série de reclamações pelo corte do abastecimento em vários municípios paraibanos como Mamaguape, Santa Rita e Pedras de Fogo, além de bairros de João Pessoa. A empresa chegou a ser questionada sobre a existência de um racionamento, logo negado por Deusdete Queiroga.

O presidente da Cagepa chegou a admitir uma crise na empresa, que estava até incapacitada de fazer novas ligações, tendo pedidos com 600 dias de atraso. O Governo do Estado anunciou que a Capega tem uma dívida de 340 milhões.

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