terça-feira, 3 de maio de 2011

03/05/2011 - 11h12

Até quando:Médicos e governo não se entendem e população continua sofrendo com o caos na saúde em Patos

 

A falta de entendimento entre médicos e governo vem castigando duramente a população de Patos e de várias cidades do Sertão, com a falta de atendimento no Hospital Regional Jandhuy Carneiro, Hospital Infantil Noaldo leite e Maternidade Peregrino Filho.

De um lado, os médicos que reivindicam a isonomia no valor pago pelos plantões, e com isso, reforçar seus gordos salários, que de acordo com informações divulgadas na imprensa pela Secretaria Estadual de Saúde, ultrapassam 21 mil reais por mês. A categoria vê no sofrimento da população uma ótima oportunidade de botar o governo contra a parede e ter o pedido garantido. A reivindicação pode até ser justa, mas não é justo que a população pague de novo o preço. Já basta a enorme carga tributária paga ao governo para que os serviços essenciais sejam oferecidos, entre eles, a saúde.

Do outro lado o que se vê é um governo linha dura que se fechou em copas e não esgotou todas as possibilidades de negociações. Pior ainda, não apresentou uma alternativa que pudesse resolver, pelo menos em parte, o atendimento ao público enquanto a pendenga não se resolve. Talvez se o Estado tivesse contratado médicos de outras regiões, em regime de urgência, a situação não tivesse se agravado tanto e pessoas não teriam morrido por falta de atendimento. Será que nenhum médico de Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, ou quem sabe de onde, não se interessaria em trabalhar em Patos?

O pior é que não existe previsão de quem vencerá essa queda de braços; se governo ou médicos. Mas a derrota já é amargada pelo pobre usuário SUS, que sem alternativa, tem buscado atendimento em cidades como (pasmem) São Mamede, Santa Luzia, Pombal e Itaporanga. E pensar que antes as populações desses municípios procuravam o Regional de Patos em busca de um atendimento melhor.

Por enquanto, o atuante Ministério Público, que há mais de um ano prometeu tirar as churrasqueiras das calçadas e devolve-las ao pedestre, ainda não se manifestou sobre a grave situação da saúde de Patos. Quem sabe depois que as calçadas forem devolvidas a sociedade. É esperar prá ver. Isto se até lá alguém viver.


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